Depois de eu falar, nada replicavam, e minha palavra destilava sobre eles;
esperavam-me como à chuva; e abriam a sua boca como à chuva tardia.
Eu lhes sorria quando não tinham confiança; e não desprezavam a luz do meu rosto;
eu lhes escolhia o caminho, assentava-me como chefe, e habitava como rei entre as suas tropas, como aquele que consola os aflitos.
Mas agora zombam de mim os de menos idade do que eu, cujos pais teria eu desdenhado de pôr com os cães do meu rebanho.
Pois de que me serviria a força das suas mãos, homens nos quais já pereceu o vigor?
De míngua e fome emagrecem; andam roendo pelo deserto, lugar de ruínas e desolação.
Apanham malvas junto aos arbustos, e o seu mantimento são as raízes dos zimbros.
São expulsos do meio dos homens, que gritam atrás deles, como atrás de um ladrão.
Têm que habitar nos desfiladeiros sombrios, nas cavernas da terra e dos penhascos.
Bramam entre os arbustos, ajuntam-se debaixo das urtigas.
São filhos de insensatos, filhos de gente sem nome; da terra foram enxotados.