Eis que ele passa junto a mim, e, não o vejo; sim, vai passando adiante, mas não o percebo.
Eis que arrebata a presa; quem o pode impedir? Quem lhe dirá: Que é o que fazes?
Deus não retirará a sua ira; debaixo dele se curvaram os aliados de Raabe;
quanto menos lhe poderei eu responder ou escolher as minhas palavras para discutir com ele?
Embora, eu seja justo, não lhe posso responder; tenho de pedir misericórdia ao meu juiz.
Ainda que eu chamasse, e ele me respondesse, não poderia crer que ele estivesse escutando a minha voz.
Pois ele me quebranta com uma tempestade, e multiplica as minhas chagas sem causa.
Não me permite respirar, antes me farta de amarguras.
Se fosse uma prova de força, eis-me aqui, diria ele; e se fosse questão de juízo, quem o citaria para comparecer?
Ainda que eu fosse justo, a minha própria boca me condenaria; ainda que eu fosse perfeito, então ela me declararia perverso:
Eu sou inocente; não estimo a mim mesmo; desprezo a minha vida.
Tudo é o mesmo, portanto digo: Ele destrói o reto e o ímpio.