Deus, dizeis vós, reserva a iniquidade do pai para seus filhos, mas é a ele mesmo que Deus deveria punir, para que o conheça.
Vejam os seus próprios olhos a sua ruina, e beba ele do furor do Todo-Poderoso.
Pois, que lhe importa a sua casa depois de morto, quando lhe for cortado o número dos seus meses?
Acaso se ensinará ciência a Deus, a ele que julga os excelsos?
Um morre em plena prosperidade, inteiramente sossegado e tranquilo;
com os seus baldes cheios de leite, e a medula dos seus ossos umedecida.
Outro, ao contrário, morre em amargura de alma, não havendo provado do bem.
Juntamente jazem no pó, e os vermes os cobrem.
Eis que conheço os vossos pensamentos, e os maus intentos com que me fazeis injustiça.
Pois dizeis: Onde está a casa do príncipe, e onde a tenda em que morava o ímpio?
Porventura não perguntastes aos viandantes? e não aceitais o seu testemunho,
de que o mau é preservado no dia da destruição, e poupado no dia do furor?