Quem jamais abriu as portas do seu rosto? Pois em roda dos seus dentes está o terror.
As suas fortes escamas são o seu orgulho, cada uma fechada como por um selo apertado.
Uma à outra se chega tão perto, que nem o ar passa por entre elas.
Umas às outras se ligam; tanto aderem entre si, que não se podem separar.
Os seus espirros fazem resplandecer a luz, e os seus olhos são como as pestanas da alva.
Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela.
Dos seus narizes procede fumaça, como de uma panela que ferve, e de juncos que ardem.
O seu hálito faz incender os carvões, e da sua boca sai uma chama.
No seu pescoço reside a força; e diante dele anda saltando o terror.
Os tecidos da sua carne estão pegados entre si; ela é firme sobre ele, não se pode mover.
O seu coração é firme como uma pedra; sim, firme como a pedra inferior duma mó.
Quando ele se levanta, os valentes são atemorizados, e por causa da consternação ficam fora de si.