Não são poucos os meus dias? Cessa, pois, e deixa-me, para que por um pouco eu tome alento;
Então fora como se nunca houvera sido; e da madre teria sido levado para a sepultura.
Por que, pois, me tiraste da madre? Ah! se então tivera expirado, e olhos nenhuns me vissem!
Tu renovas contra mim as tuas testemunhas, e multiplicas contra mim a tua ira; reveses e combate estão comigo.
Se a minha cabeça se exaltar, tu me caças como a um leão feroz; e de novo fazes maravilhas contra mim.
Se for ímpio, ai de mim! Se for justo, não poderei levantar a minha cabeça, estando farto de ignomínia, e de contemplar a minha miséria.
Se eu pecar, tu me observas, e da minha iniquidade não me absolverás.
Contudo ocultaste estas coisas no teu coração; bem sei que isso foi o teu desígnio.
Vida e misericórdia me tens concedido, e a tua providência me tem conservado o espírito.
De pele e carne me vestiste, e de ossos e nervos me teceste.
Não me vazaste como leite, e não me coalhaste como queijo?
Lembra-te, pois, de que do barro me formaste; e queres fazer-me tornar ao pó?