Muitos pastores destruíram a minha vinha, pisaram o meu campo; tornaram em desolado deserto o meu campo desejado.
A minha herança é para mim ave de rapina de várias cores. Andam as aves de rapina contra ela em redor. Vinde, pois, ajuntai todos os animais do campo, trazei-os para a devorarem.
Tornou-se a minha herança para mim como leão numa floresta; levantou a sua voz contra mim, por isso eu a odiei.
Desamparei a minha casa, abandonei a minha herança; entreguei a amada da minha alma na mão de seus inimigos.
Porque até os teus irmãos, e a casa de teu pai, eles próprios procedem deslealmente contigo; eles mesmos clamam após ti em altas vozes: Não te fies neles, ainda que te digam coisas boas.
Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os cavalos? Se tão-somente numa terra de paz estás confiado, como farás na enchente do Jordão?
Até quando lamentará a terra, e se secará a erva de todo o campo? Pela maldade dos que habitam nela, perecem os animais e as aves; porquanto dizem: Ele não verá o nosso fim.
Mas tu, ó Senhor, me conheces, tu me vês, e provas o meu coração para contigo; arranca-os como as ovelhas para o matadouro, e dedica-os para o dia da matança.
Plantaste-os, e eles se arraigaram; crescem, dão também fruto; chegado estás à sua boca, porém longe dos seus rins.
Justo serias, ó SENHOR, ainda que eu entrasse contigo num pleito; contudo falarei contigo dos teus juízos. Por que prospera o caminho dos ímpios, e vivem em paz todos os que procedem aleivosamente?
Já vi as tuas abominações, e os teus adultérios, e os teus rinchos, e a enormidade da tua prostituição sobre os outeiros no campo; ai de ti, Jerusalém! Até quando ainda não te purificarás?
Assim também eu levantarei as tuas fraldas sobre o teu rosto; e aparecerá a tua ignomínia.