Espera-se a paz, mas não há bem; o tempo da cura, e eis o terror.
Por que nos assentamos ainda? Juntai-vos e entremos nas cidades fortificadas, e ali pereçamos; pois já o Senhor nosso Deus nos destinou a perecer e nos deu a beber água de fel; porquanto pecamos contra o Senhor.
Certamente os apanharei, diz o Senhor; já não há uvas na vide, nem figos na figueira, e até a folha caiu; e o que lhes dei passará deles.
Porventura envergonham-se de cometerem abominação? Não; de maneira nenhuma se envergonham, nem sabem que coisa é envergonhar-se; portanto cairão entre os que caem e tropeçarão no tempo em que eu os visitar, diz o Senhor.
E curam a ferida da filha de meu povo levianamente, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.
Portanto darei suas mulheres a outros, e os seus campos a novos possuidores; porque desde o menor até ao maior, cada um deles se dá à avareza; desde o profeta até ao sacerdote, cada um deles usa de falsidade.
Os sábios são envergonhados, espantados e presos; eis que rejeitaram a palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?
Como, pois, dizeis: Nós somos sábios, e a lei do Senhor está conosco? Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas.
Até a cegonha no céu conhece os seus tempos determinados; e a rola, e o grou e a andorinha observam o tempo da sua arribação; mas o meu povo não conhece o juízo do Senhor.
Eu escutei e ouvi; não falam o que é reto, ninguém há que se arrependa da sua maldade, dizendo: Que fiz eu? Cada um se desvia na sua carreira, como um cavalo que arremete com ímpeto na batalha.
Por que, pois, se desvia este povo de Jerusalém com uma apostasia tão contínua? Persiste no engano, não quer voltar.
Dize-lhes mais: Assim diz o Senhor: Porventura cairão e não se tornarão a levantar? Desviar-se-ão, e não voltarão?