Todos os que me veem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo:
Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.
A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram, e não foram confundidos.
Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.
Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel.
Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego.
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.