E disse-lhe o rei: Que tens? E disse ela: Na verdade sou mulher viúva; morreu meu marido.
Tinha, pois, a tua serva dois filhos, e estes brigaram entre si no campo, e não houve quem os apartasse; assim um feriu ao outro, e o matou.
E eis que toda a linhagem se levantou contra a tua serva, e disseram: Dai-nos aquele que feriu a seu irmão, para que o matemos, por causa da vida de seu irmão, a quem matou, e para que destruamos também ao herdeiro. Assim apagarão a brasa que me ficou, de sorte que não deixam a meu marido nome, nem remanescente sobre a terra.
E disse o rei à mulher: Vai para tua casa; e eu mandarei ordem acerca de ti.
E disse a mulher tecoíta ao rei: A injustiça, rei meu senhor, venha sobre mim e sobre a casa de meu pai; e o rei e o seu trono fique inculpável.
E disse o rei: Quem falar contra ti, traze-lo a mim; e nunca mais te tocará.
E disse ela: Ora, lembre-se o rei do Senhor seu Deus, para que os vingadores do sangue não prossigam na destruição, e não exterminem a meu filho. Então disse ele: Vive o Senhor, que não há de cair no chão nem um dos cabelos de teu filho.
Então disse a mulher: Peço-te que a tua serva fale uma palavra ao rei meu senhor. E disse ele: Fala.
E disse a mulher: Por que, pois, pensaste tu uma tal coisa contra o povo de Deus? Porque, falando o rei tal palavra, fica como culpado; visto que o rei não torna a trazer o seu desterrado.
Porque certamente morreremos, e seremos como águas derramadas na terra que não se ajuntam mais; Deus, pois, lhe não tirará a vida, mas cogita meios, para que não fique banido dele o seu desterrado.
E se eu agora vim falar esta palavra ao rei, meu senhor, é porque o povo me atemorizou; dizia, pois, a tua serva: Falarei, pois, ao rei; porventura fará o rei segundo a palavra da sua serva.
Porque o rei ouvirá, para livrar a sua serva da mão do homem que intenta destruir juntamente a mim e a meu filho da herança de Deus.