Isaías 64
Conter-te-ias tu ainda sobre estas coisas, ó Senhor? Ficarias calado, e nos afligirias tanto?
A nossa santa e gloriosa casa, em que te louvavam nossos pais, foi queimada a fogo; e todas as nossas coisas preciosas se tornaram em assolação.
As tuas santas cidades tornaram-se um deserto; Sião está feita um deserto, Jerusalém está assolada.
Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniquidade; olha, pois, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo.
Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós o barro e tu o nosso oleiro; e todos nós a obra das tuas mãos.
E já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte, e te detenhas; porque escondes de nós o teu rosto, e nos fazes derreter, por causa das nossas iniquidades.
Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundície; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.
Saíste ao encontro daquele que se alegrava e praticava justiça e dos que se lembram de ti nos teus caminhos; eis que te iraste, porque pecamos; neles há eternidade, para que sejamos salvos?
Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera.
Quando fazias coisas terríveis, que nunca esperávamos, descias, e os montes se escoavam diante da tua face.
Como o fogo abrasador de fundição, fogo que faz ferver as águas, para fazeres notório o teu nome aos teus adversários, e assim as nações tremessem da tua presença!
Oh! se fendesses os céus, e descesses, e os montes se escoassem de diante da tua face,