No seu pescoço reside a força; e diante dele anda saltando o terror.
O seu hálito faz incender os carvões, e da sua boca sai uma chama.
Dos seus narizes procede fumaça, como de uma panela que ferve, e de juncos que ardem.
Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela.
Os seus espirros fazem resplandecer a luz, e os seus olhos são como as pestanas da alva.
Umas às outras se ligam; tanto aderem entre si, que não se podem separar.
Uma à outra se chega tão perto, que nem o ar passa por entre elas.
As suas fortes escamas são o seu orgulho, cada uma fechada como por um selo apertado.
Quem jamais abriu as portas do seu rosto? Pois em roda dos seus dentes está o terror.
Quem lhe pode tirar o vestido exterior? Quem lhe penetrará a couraça dupla?
Não me calarei a respeito dos seus membros, nem da sua grande força, nem da graça da sua estrutura.
Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois tudo quanto existe debaixo de todo céu é meu.