Na prosperidade passam os seus dias, e num momento descem ao Seol.
Eles dizem a Deus: retira-te de nós, pois não desejamos ter conhecimento dos teus caminhos.
Que é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos? E que nos aproveitará, se lhe fizermos orações?
Vede, porém, que eles não têm na mão a prosperidade; esteja longe de mim o conselho dos ímpios!
Quantas vezes sucede que se apague a lâmpada dos ímpios? que lhes sobrevenha a sua destruição? que Deus na sua ira lhes reparta dores?
que eles sejam como a palha diante do vento, e como a pragana, que o redemoinho arrebata?
Deus, dizeis vós, reserva a iniquidade do pai para seus filhos, mas é a ele mesmo que Deus deveria punir, para que o conheça.
Vejam os seus próprios olhos a sua ruina, e beba ele do furor do Todo-Poderoso.
Pois, que lhe importa a sua casa depois de morto, quando lhe for cortado o número dos seus meses?
Acaso se ensinará ciência a Deus, a ele que julga os excelsos?
Um morre em plena prosperidade, inteiramente sossegado e tranquilo;
com os seus baldes cheios de leite, e a medula dos seus ossos umedecida.